Fonte da Imagem: Industrial Technology Research Institute
Se depender de um projeto entre o Industrial Technology Research Institute (ITRI, de Taiwan), e a AU Optronics (uma das maiores fabricantes de telas LCD do mundo), teremos leitores eletrônicos com telas finas como papel já em 2011.
A fabricante de LCD confirma a união das empresas, mas não se pronuncia em relação ao assunto. No entanto, um diretor do instituto de Taiwan revelou informações sobre a pesquisa conjunta.
De acordo com John Chen, o ITRI desenvolveu um processo de fabricação para as telas, enquanto a AU está em vias transformar uma fábrica antiga a fim de adequá-las à produção. Assim, não será necessário investir excessivamente em um empreendimento novo.
A parceria promete telas finas e flexíveis que podem tanto ser usadas de diferentes maneiras: em smartphones, em roupas e dispositivos como e-readers. Devido à resistência do material, não seria um risco para as crianças pequenas brincarem com esses aparelhos.
A "receita" da tecnologia
A “Eureka” da tecnologia obtida é curiosa. A tela é tão fina que um pedaço de vidro era utilizado na fabricação para que ela não curvasse. Consequentemente, a tela grudava no vidro e acabava rasgando.
O ITRI precisou de mais de 63 tentativas até descobrir uma maneira de remover a tela sem danos. Um engenheiro se lembrou de uma receita tradicional chinesa para panquecas. Pensando nela, foi sugerida a aplicação de um material semelhante a óleo de cozinha, porém não tão grudento no vidro, que teria a função da “panela”. Com o calor, a camada soltaria a “panqueca”, vulgo display plástico. E a 64ª tentativa foi comemorada.
O processo foi chamado de FlexUPD, sigla para Flexible Universal Panel for Displays, ou seja, painel flexível universal para displays. De acordo com o ITRI, “é a tecnologia mais simples e barata para a fabricação em massa de displays flexíveis que simulam papel. Essa flexibilidade possibilita visualização dos dois lados para display ou produtos como telas de smartphones, e-books, e-maps e sensores que podem ser vestidos ou enrolados no corpo”.
Ainda não se sabe o preço dos produtos que podem ser desenvolvidos com a tecnologia, mas sabe-se que o fato de já ter uma fábrica adaptada reduz o custo final.
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